O agente bancário facilita muito a vida dos clientes de instituições financeiras, permitindo a conquista de crédito, efetivação de operações financeiras, solicitações de empréstimos, antecipação de fundos de garantia, entre outros serviços.
Tudo isso sem precisar se deslocar às instituições bancárias, enfrentando longas filas e muita espera.
Assim, abrir um negócio de prestação de serviços financeiros é uma alternativa interessante para quem busca autonomia e renda escalável, pois oferece benefícios como mais tempo na rotina e gestão da produtividade.
Neste artigo, nosso objetivo é auxiliar aqueles que estão no caminho do empreendedorismo e que estão com dúvidas quanto a parte da formalização da empresa, acompanhe conosco.
Descubra qual o melhor tipo empresarial para manter seu negócio em dia com os órgãos de fiscalização. Boa leitura!
O que é tipo empresarial?
Para iniciar um negócio, o primeiro fator a levar em consideração é qual o tipo empresarial adequado para a formalização.
Os tipos empresariais são as formas de formalização de uma empresa.
Cada um se diferencia por detalhes e especificações que se encaixam mais em um determinado tipo de negócio, como o porte, as atividades exercidas e a tributação.
Sendo assim, é preciso avaliar com calma cada um deles e decidir qual mais se adequa a sua empresa.
Por esse motivo, para descomplicar o processo, detalhamos sobre todos os tipos empresariais, bem como, qual se encaixa melhor para o agente bancário.
Quais são os tipos empresariais no Brasil?
Existem diversos tipos empresariais presentes no país. Dentre eles, estão os principais: MEI, ME e EI.
Confira a seguir para descobrir as principais diferença entre eles:
MEI (Microempreendedor Individual)
O MEI (Microempreendedor Individual) é para empresas com um faturamento anual menor ou agente a R$81 mil.
Todavia, ainda neste ano, de 2022, poderá aumentar para R$130 mil, de acordo com o site Isto é Dinheiro, para o primeiro ano de atuação no mercado.
Desse modo, existem algumas limitações para ser MEI. Veja abaixo algumas das principais restrições:
não pode ser sócio ou titular de outras empresas;
pode realizar a contratação de apenas um funcionário e o seu salário também deve ser limitado;
não poderá conter mais de um estabelecimento.
Geralmente, é mais indicado para quem deseja e trabalha por conta própria. Dentre os seus benefícios, estão:
sem burocracia para formalizar como MEI, sendo um processo muito simples de ser realizado;
inscrição automática na Junta Comercial e Previdência Social;
possui redução tributária. As taxas mensais chegam no máximo ao valor de R$60,00.
No entanto, a formalização do negócio como agente bancário não é muito recomendada a ser realizada pelo MEI.
Pois a renda é limitada, não permitindo que o negócio cresça de forma significativa.
Além disso, o agente bancário necessita da autorização para contratações.
Lembrando que há uma lista de profissões que não são autorizadas a abrir um CNPJ MEI, que são as profissões intelectuais, como desenvolvedores de software, médicos, advogados, entre outros.
Vale destacar que, ser MEI (Microempreendedor Individual) pode ser um pouco desvantajoso tendo em vista o limite de faturamento e a regra que impede a contratação de sócios e funcionários.
EI (Empresário Individual)
O EI (Empresário Individual) trata-se de uma pessoa física que exerce atividade empresarial em seu próprio nome.
Apesar de ser um tipo empresarial semelhante, o fator do faturamento anual é superior ao do MEI (Microempreendedor Individual).
Visto que, a sua grande vantagem é que o empresário individual não tem limite de faturamento.
Logo, o titular da empresa responde por si e os seus patrimônios pessoais se juntam com os da sua empresa, ou seja, responde legalmente com os bens pessoais.
Dessa forma, o indivíduo formalizado como empresário individual pode exercer atividade industrial e comercial.
Contudo, há algumas restrições de profissionais que podem ou não se formalizar como EI, assim como o MEI.
A sua desvantagem é que, por ser um empresário individual, também não pode ter sócios.
Portanto, suas limitações são um pouco parecidas com as do MEI. Cabe ao indivíduo analisar se é a melhor opção para o seu negócio como agente bancário.
ME (Microempresa)
Para a ME (Microempresa), o limite de faturamento anual é de R$360 mil.
Parecido ao EI (Empresário Individual), o titular também responde individualmente pelas obrigações da empresa. Os patrimônios pessoais e empresariais ficam juntos.
Assim como no MEI (Microempreendedor Individual), também há apenas um titular.
Por conseguinte, sua formalização é um pouco mais burocrática, pois é necessário um contrato social.
Ademais, o valor dos impostos variam conforme o faturamento.
Suas grandes vantagens em relação aos outros tipos empresariais mencionados anteriormente, são:
o MEI não pode contratar funcionários, já o ME que atua na área de comércio pode contratar até 9 funcionários. No setor industrial, a quantidade aumenta para 19;
há menos restrições de profissionais que podem formalizar a sua empresa como ME.
MEI, ME ou EI: qual melhor tipo empresarial para agente bancário?
Dessa maneira, o melhor tipo empresarial para o agente bancário, como visto acima, é o ME (Microempresa).
Pois a Microempresa formaliza o negócio, contendo menos restrições e limitações, permitindo uma renda anual maior, além de poder fazer contratações.
Para que o empreendimento possa crescer no mercado e gerar um bom faturamento, é necessário que tenham pouquíssimas ou nenhuma limitação no percurso.
Porém fica a critério de cada indivíduo o tipo empresarial escolhido para o seu comércio.
Contudo, os fatores apontados demonstram que a opção mais benéfica é a ME (Microempresa).
Nesse sentido, agora que a principal dúvida foi esclarecida, iremos abordar sobre os demais questionamentos que cercam o processo de formalização de uma empresa.
Agente bancário pode trabalhar como pessoa física?
Agente bancário pode trabalhar como pessoa física.
Podendo começar como um agente de crédito pessoa física ou criar um CNPJ MEI no seu nome, mas cabe a instituição financeira aceitar serviços prestados dessa forma ou não.
Qual a importância da formalização?
Primeiramente, a formalização do agente bancário com um tipo empresarial é de altíssima importância.
Pois manter um negócio de maneira informal não profissionaliza o serviço, acarretando em falta de segurança para a profissão e não passando credibilidade para o cliente.
Fugir dos impostos faz com que também se perca benefícios de uma empresa formalizada.
Veja abaixo as vantagens da formalização:
direito a benefícios previdenciários como aposentadoria, auxílio-doença, auxílio de maternidade, sendo a estabilidade é a maior dádiva de um empresário;
as instituições financeiras precisarão que o agente bancário seja formalizado para poder fechar a parceria, assim, sem ela não tem como a empresa avançar;
aumenta a chance de fazer negócios com mais empresas e , consequentemente, ainda mais o faturamento;
terá acesso ao crédito, o que é imprescindível para um agente bancário;
poderá participar de licitações.
Além disso, para o profissional agente bancário conseguir avançar no mercado, precisará de um alvará de funcionamento.
Logo, para conseguir o documento precisa passar pela formalização.
Portanto, sabendo da importância da formalização, vamos a explicação do processo para chegar a ela de forma prática.
Qual o passo a passo para a abertura de um CNPJ?
Para cada tipo empresarial, o processo de abertura do CNPJ é diferente. Alguns são mais burocráticos e outros menos.
Como abrir um CNPJ MEI (Microempreendedor Individual)
Esse talvez seja o processo mais simples de abertura de um CNPJ.
Precisando apenas se cadastrar no Portal do Empreendedor e em poucos minutos, o CNPJ de sua empresa estará pronto.
Como abrir um CNPJ ME (Microempresa)
Abrir esse tipo empresarial contém mais passos a serem seguidos.
Sendo necessário ter alguns documentos em mãos para levar na Junta Comercial e na prefeitura da cidade onde reside.
Primeiro, defina o nome de seu comércio e o seu modelo de negócios.
Em segundo lugar, escolha um contador para ser o seu aliado para ajudar a definir as atividades que irá exercer, verificar qual será o seu regime tributário e elaborar um contrato social.
O contrato social é fundamental para a ME (Microempresa).
Com tudo feito, separe os seus documentos e realize o registro empresarial na Junta Comercial de seu estado.
Espere pelo alvará de localização e funcionamento (podendo ou não ser aprovado).
Por fim, realize a Inscrição Estadual. Este, de fato, é um pouco mais burocrático, mas nada tão complicado a ponto de atrapalhar o processo do empreendimento.
Como abrir um CNPJ EI (Empresário Individual)
Escolha o tipo de empresa, depois defina a sua natureza jurídica, o regime tributário e ,por fim, dê entrada na Junta Comercial.
Não se esqueça dos documentos necessários.
Quais cuidados tomar ao abrir uma empresa?
O primeiro cuidado a ser tomado é providenciar toda a documentação exigida. Esse detalhe pode causar transtornos e é essencial para a empresa poder avançar.
Para administrar um comércio de forma legal, deve-se atentar aos requisitos solicitados.
Veja abaixo a lista de documentos necessários:
Registro da Junta Comercial;
Registro do CNPJ;
Contrato social (em todos os tipos empresariais);
Alvará da prefeitura da sua cidade.
Outro cuidado a ser tomado é garantir uma reserva de emergência.
Gerenciar empresas dispõe de diversos gastos e precisará estar preparado para esse fator.
Sem uma reserva financeira, o agente bancário poderá ficar estagnado por tempo ilimitado.
Uma vez que, é essencial ter um planejamento com formas de garantir a manutenção do seu empreendimento para não falir.
Lembre-se, o lucro da sua empresa será um processo gradativo. Você não terá o lucro sonhado nas primeiras semanas ou meses de funcionamento.
Os empreendimentos levam tempo para dar certo e se concretizarem de verdade.
Ademais, contratar um contador para obter auxílio com os cálculos é imprescindível e previne diversos problemas futuros.
Parte do planejamento deve incluir estratégias para atrair cada vez mais clientes e aumentar a demanda de serviços.
Saber como divulgar o negócio, principalmente no início, é essencial.
Defina o público alvo. Para um agente bancário, o público a ser alcançado são clientes de instituições financeiras que querem evitar burocracias para a prestação de serviços.
Como ter acesso a crédito, empréstimos e seguros de forma mais simples.
Outro passo importante é a escolha do regime tributário. Acompanhe as diferenças entre cada um deles.
Simples Nacional
O regime tributário do Simples Nacional foi feito para empresas de pequeno porte. Sua função é simplificar o processo de arrecadação para as obrigações tributárias.
Para essa forma de tributação, o faturamento anual deve ser menor que R$360 mil para microempresas e 4,8 milhões para as EPP (empresas de pequeno porte).
Deve-se avaliar se a empresa se enquadra em alguns fatores impeditivos do Simples Nacional.Por exemplo: não pode possuir débitos com o INSS.
Como também, não pode ter sócios no exterior. Os sócios também fazem parte da limitação do faturamento anual. A empresa não pode ser filial de outra empresa com sede no exterior.
Lucro Real
O regime tributário do lucro real é bem diferente. É utilizado por empresas de grande porte e por multinacionais. Sua tributação depende do lucro anual do negócio.
Para aderir a esse regime, o faturamento da empresa deve ser superior ao valor de R$78 milhões.
Um benefício é que, caso a empresa apresente prejuízos ao final do ano, não precisará pagar os tributos, sendo um regime que exige muito cuidado quanto ao planejamento.
Lucro Presumido
Já no regime do Lucro Presumido, a tributação não é calculada conforme o lucro verdadeiro.
Há um lucro presumido que varia conforme a atividade. Diferente dos exemplos anteriores, para aderir esse regime não há requisitos a serem seguidos, o que é uma vantagem.
Logo, a sua desvantagem é que as empresas enquadradas no Lucro Presumido não possuem direito de dedução ou crédito.
Conclusão
Dessa maneira, pode-se observar que para iniciar um negócio como agente bancário, é necessário levar em consideração todos os tópicos abordados ao decorrer deste artigo.
Para que dessa forma possa optar pela melhor forma de empreendimento, atendendo ao seu objetivo e necessidades.
Assim, conseguirá trilhar esse caminho com mais expertise e colher resultados.
Para quem deseja realizar uma transição de carreira poderá fazer uma reserva de emergência e um planejamento empresarial para maior segurança.
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